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Tratar Canal deixa os dentes mais fracos?
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A técnica de
tratamento de canal é um procedimento cirúrgico odontológico que remove os
conteúdos do interior dos canais. Normalmente, nos casos de polpa viva (nervo),
esse conteúdo é constituído por tecidos semelhantes a carne, logo são
estruturas de pouca resistência física. Limamos e dilatamos o canal para
melhor podermos obturar esta cavidade. A raiz permanece com a mesma estrutura
de dureza da dentina. Os procedimentos que usamos em nada enfraquecem o
remanescente radicular. Na fase final, que é a obturação, usamos dois
materiais, um sólido, que são os cones de guta percha, e o outro é um tipo de
cimento que endurece após horas. Podemos concluir que, depois de obturados os
canais, os dentes até ficam mais resistentes do que antes de perderem a
vitalidade de suas polpas. Um fato que hoje não mais discutimos
cientificamente é quanto à hidratação, ou seja, no passado achávamos que este
fator era o responsável pela fragilidade dos dentes tratados, sabemos que a
integração de uma raiz ou dente aos tecidos que o sustentam permanece
inalterada. Os casos de quebra ou fratura ocorrem independente do dente ou
raiz ter ou não tratado o canal. Assim, concluímos que dentes ou raízes após
tratamento de canal não ficam mais fracos.
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Tratar Canal muda a cor do dente?
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As mudanças de
cor são mais encontradas nos dentes anteriores de canino a canino, em ambas as
arcadas. Ocorrem nas outras peças dentárias, porém pela localização,
estrutura e condições de iluminação da cavidade oral não aparecem com tanta
agressão estética. A mudança é marcada por diferentes tonalidades, que se
iniciam do amarelo fraco passando até o marrom podendo chegar ao cinza,
produzindo efeitos estéticos localizados desagradáveis no conjunto facial. O
quadro clínico é devido geralmente a hemorragias internas derivadas da polpa
(nervo) ou de restos orgânicos, materiais indesejáveis de tratamentos de
canal com técnica deficiente na toalete final. O sangue exposto após a
coagulação começa a sofrer reações químicas em sua degradação, com formação
de óxidos ao seu final. São os óxidos os responsáveis pelas modificações de
cor nos dentes e raízes. O processo é de longa duração, contínuo e cada vez
mais agressivo no que se refere à estética dentária da bateria labial.
Cuidados técnicos precisos na fase de limpeza final da câmara pulpar,
prevenção através da busca de trabalhos de diagnóstico precoce de morte
pulpar, principalmente após acidentes que envolvam trauma ou batidas nos
dentes. Nos casos já manifestos é pela técnica de clareamento que conseguimos
o retorno estético desejável. O clareamento consiste em reações químicas, com
produção de gás que são ávidos por óxidos que com reações de combinação
removem os detritos dos canalículos mais inacessíveis da dentina. O clareamento
é uma técnica que, em poucas sessões, resulta na volta da tonalidade
característica dos demais dentes.
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Instrumentos usados nos tratamentos de Canal causam algum mal?
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O instrumental
usado nos tratamentos de canal é forjado em aço possuindo diferentes formas
anatômicas, com estrias, farpas, ranhuras, que servem para rasparem os
canais. Os especialistas, no trabalho cirúrgico, promovem movimentos de
raspagem, rotação, torção, transição que podem involuntariamente produzir a
fratura ou ruptura do instrumental. No arsenal moderno à disposição dos
especialistas em endodontia encontramos o Ultra Som, que muito tem
contribuído para remoção ou passagem desses obstáculos no interior dos
canais. O instrumental atual é seguramente mais resistente às rupturas. Novas
ligas de compostos mais eficazes nos asseguram dados estatísticos menores com
referência a este acidente. A missão do endodontista é remover ou passar pelo
fragmento, após alargando o possível para que a obturação seja concluída. Nos
casos em que não conseguirmos passar pelo obstáculo e que não houver lesão
apical presente, devemos obturar até o obstáculo e observarmos por 90/180
dias com controle em radiografias. Nos casos em que existe lesão apical
devemos optar, num primeiro momento, por uma observação radiológica em até 90
dias após a obturação e, não observando reversão do quadro, fica a indicação
da cirurgia periapical como atitude final. A presença física de um
instrumento de canal no interior de um conduto radicular, assim como sua
permanência, não causa nenhuma mal a saúde geral. Instrumentos fraturados são
obstáculos na execução da técnica de tratamento de canal. No geral as suas
permanências nos canais não causam distúrbios à saúde dos pacientes
portadores desse tipo de material.
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Fonte: www.abcdasaude.com.br
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