O número de usuários de planos odontológicos saltou de 2,7 milhões para
16 milhões do ano de 2000 a 2011. Só em 2010, o faturamento das empresas foi de
R$ 1,6 bilhão, conforme informa o Conselho Regional de Odontologia de São
Paulo.
Tudo estaria perfeito se tal crescimento também se refletisse em melhorias para os pacientes e na valorização dos cirurgiões-dentistas. Lamentavelmente, não é o que ocorre. A ganância por lucros cada vez maiores, mantém a prestação de serviço sub-remunerada. Hoje, os planos pagam algo em torno de R$ 10 por consultas e R$ 15 por exodontias, apenas para ficar em dois exemplos. Frise-se: os valores são brutos.
Não à toa, a insatisfação entre os cirurgiões-dentistas e suas entidades representativas é cada vez maior. A Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD), por exemplo, tem encabeçado um movimento reivindicatório, que exige valorização imediata dos principais honorários com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Odontológicos (CBHPO); fim das glosas lineares e injustificadas que prejudicam a adequada assistência aos pacientes, cláusula de reajuste anual nos contratos e definição de índice para os mesmos reajustes.
Além de trabalhar em parceria com as associações nacionais, estaduais, conselhos e demais instituições de classe dos cirurgiões dentistas, a ABCD estabeleceu estreito vínculo com entidades médicas como a Associação Médica Brasileira, a Associação Paulista de Medicina, Academia Nacional dos Médicos, Conselho Federal e Regional de Medicina. A ideia é compor uma frente de resistência vigorosa, tendo em vista que profissionais da medicina e da odontologia padecem de problemas semelhantes.
“Os médicos estão nessa luta há anos e estamos partilhando de suas experiências bem-sucedidas”, pondera Sílvio Cecchetto, presidente da ABCD. “Nosso objetivo é formar uma frente multiprofissional para dar um basta aos abusos das empresas. Os colegas cirurgiões-dentistas exigem e merecem respeito. Queremos e merecemos ser bem remunerados, pois somos altamente qualificados e temos importante papel no sistema de saúde do Brasil”.
Outra reivindicação é a de que a ABCD e demais entidades nacionais de classe sejam reconhecidas como legítimas negociadoras dos profissionais que representam. A compreensão é a de que, quando argumentam que só negociam individualmente, as empresas buscam subterfúgios para dividir os cirurgiões-dentistas e perpetuar os pagamentos vis.
“Fato é que eles demonstram receio de nos ver unidos. Certamente sabem que se estivermos coesos colocaremos fim à exploração de nosso trabalho”, argumenta Cecchetto. “Faço questão de adiantar que estamos começando um grande processo de resistência. Se necessário for, suspenderemos o atendimento aos planos odontológicos e partiremos até para o descredenciamento em massa. É bom que fique claro: sem cirurgião dentista não há plano odontológico”.
Tudo estaria perfeito se tal crescimento também se refletisse em melhorias para os pacientes e na valorização dos cirurgiões-dentistas. Lamentavelmente, não é o que ocorre. A ganância por lucros cada vez maiores, mantém a prestação de serviço sub-remunerada. Hoje, os planos pagam algo em torno de R$ 10 por consultas e R$ 15 por exodontias, apenas para ficar em dois exemplos. Frise-se: os valores são brutos.
Não à toa, a insatisfação entre os cirurgiões-dentistas e suas entidades representativas é cada vez maior. A Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD), por exemplo, tem encabeçado um movimento reivindicatório, que exige valorização imediata dos principais honorários com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Odontológicos (CBHPO); fim das glosas lineares e injustificadas que prejudicam a adequada assistência aos pacientes, cláusula de reajuste anual nos contratos e definição de índice para os mesmos reajustes.
Além de trabalhar em parceria com as associações nacionais, estaduais, conselhos e demais instituições de classe dos cirurgiões dentistas, a ABCD estabeleceu estreito vínculo com entidades médicas como a Associação Médica Brasileira, a Associação Paulista de Medicina, Academia Nacional dos Médicos, Conselho Federal e Regional de Medicina. A ideia é compor uma frente de resistência vigorosa, tendo em vista que profissionais da medicina e da odontologia padecem de problemas semelhantes.
“Os médicos estão nessa luta há anos e estamos partilhando de suas experiências bem-sucedidas”, pondera Sílvio Cecchetto, presidente da ABCD. “Nosso objetivo é formar uma frente multiprofissional para dar um basta aos abusos das empresas. Os colegas cirurgiões-dentistas exigem e merecem respeito. Queremos e merecemos ser bem remunerados, pois somos altamente qualificados e temos importante papel no sistema de saúde do Brasil”.
Outra reivindicação é a de que a ABCD e demais entidades nacionais de classe sejam reconhecidas como legítimas negociadoras dos profissionais que representam. A compreensão é a de que, quando argumentam que só negociam individualmente, as empresas buscam subterfúgios para dividir os cirurgiões-dentistas e perpetuar os pagamentos vis.
“Fato é que eles demonstram receio de nos ver unidos. Certamente sabem que se estivermos coesos colocaremos fim à exploração de nosso trabalho”, argumenta Cecchetto. “Faço questão de adiantar que estamos começando um grande processo de resistência. Se necessário for, suspenderemos o atendimento aos planos odontológicos e partiremos até para o descredenciamento em massa. É bom que fique claro: sem cirurgião dentista não há plano odontológico”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário